Teste do Vampiro | Inspiração dos livros
Frase de Derek Sivers: "Tudo o que te empolga, vai lá e faça. Tudo o que te drenar, pare de fazer"
Lembra a última vez que você se sentiu motivadíssimo? Parecia que ia transbordar de tanta energia, né!? E quando ficou triste? Sim, a “bateria” ficou no vermelho, e a vontade era não fazer nada, não é mesmo? Essa variação entre estar extremamente feliz ou "pra baixo" é a essência da teoria do Teste do Vampiro.
O fictício personagem, como você sabe, se alimenta do sangue alheio. Vive de sugar a nossa essência, aquilo que nos dá energia para viver. Não é à toa que vampiro virou sinônimo de filme de terror. Mas como isso se aplica à vida real?
É com isso em mente que o autor Austin Kleon comparou, no pequenino e profundo livro Show your Work!, o ataque de um vampiro às escolhas que fizemos na vida. A recomendação dele é que nos submetamos diariamente ao Teste do Vampiro, como “um simples jeito de saber de quem ou do que você deve se aproximar ou se afastar”.
A metodologia é simples. Se após se encontrar, conversar ou passar um tempo com alguém você se sentir “esgotado” e “empobrecido”, nas palavras do autor, essa pessoa em questão é um vampiro. Se você se sentir igual ou com muito mais energia após entrar em contato com alguém, ela não é um vampiro.
Kleon dá o diagnóstico: “Vampiros não podem ser curados. Se você está na presença de um, deve bani-lo de sua vida para sempre”. Sim, o conselho é extremo. Mas o alerta é válido, ainda mais porque ele diz que o Teste do Vampiro não vale só para pessoas, mas para tudo, do trabalho às tarefas cotidianas.
O recado é direto: se algo ou alguém não te faz se sentir bem, você precisa fazer algo. E o "algo", defende Kleon, é tirar isso da sua vida. Eu só faria um adendo: a única exceção é se você se sentir "pra baixo" quando alguém está falando algo com o intuito de você se tornar uma pessoa melhor. Afinal, o nosso ego, muitas vezes, é o vampiro da vez.
A verdade é que o vampiro não é, necessariamente, uma pessoa que queira o teu mal. É só alguém que não está te fazendo bem. As pessoas mudam, tanto você quanto os vampiros, mas em certas ocasiões da vida é fundamental que a gente possa ter por perto quem, em vez de sugar, nos abastece de confiança.
E isso vale, também, para "coisas". Se o trabalho só te faz reclamar ou se sentir desvalorizado, mude. Se o lugar onde você mora te irrita, procure outro. Se o exercício é um fardo, procure um que dê prazer. Elimine os vampiros e bote sua energia naquilo que faz você se sentir melhor. Parece lógico, né? Mas, muitas vezes, não fazemos isso.
Essa reflexão me faz lembrar um trecho do livro Trabalhe 4 Horas por Semana, em que Tim Ferriss é categórico: “se algo ou alguém não estiver fazendo com que você se torne mais forte, é porque está fazendo com que fique mais fraco”. Simples, né?