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Um papo sobre leitura


Transcrição do vídeo:

Leandro: Mor tá gravando as coisas?

Letícia: tô!

Eu aprendi a ler em jornal, em casa eu lia as revistinhas em quadrinhos que o pai e a mãe compravam, então eu sempre tive o hábito de ler. Eu comia lendo. Então, por exemplo, eu ia comer lá, muita massa, massinha, miojo, né?! Mas era um miojo estilizado, que não era com o temperinho do miojo, tinha umas outras receitas. E aí botava o prato, eu comia, sempre folheando o livro, entendeu? Ou revistinha, não era livro, era revistinha.

Letícia: e a tv? não tinha tv?

Tinha, mas eu lia as revistinhas!

Foi se intensificando também na minha busca por ser uma pessoa melhor. Sei lá, não ia fazer um curso de como ser uma pessoa melhor, como é que eu ia achar isso? Então eu comecei a ler. Por exemplo, trabalhava no jornal e eu queria conseguir fazer mais coisas em menos tempo, ser mais eficiente, aí eu comecei a buscar alguns livros ligados a isso.

Acho que tinha muito a ver com eu querer ser melhor. Será que dá pra aprender a ser bom? Será que as pessoas que foram muito bons, ou que são bons nos seus trabalhos, nas suas áreas de vida, elas nasceram assim ou elas aprenderam? Que que eu poderia repetir, do que eles fizeram, pra eu também conseguir evoluir. O Bolt, por exemplo, é o que é hoje não só porque deu sorte, acredito que as pessoas merecem as coisas. Que que será que tem na história dele que eu poderia usar pra mim, como inspiração?

O Pensando Bem me fez ler mais, justamente para buscar novidades, ideias e estratégias diferentes para poder melhorar. Para trazer assim “olha, tem isso, tem aquilo”. Então era uma mini cobrança, mas não botei uma meta de eu preciso ler um livro por mês, ou dois, ou três para poder fazer os vídeos, até porque eu já tinha vários lidos, então eu tinha uma bagagem. Mas, mesmo sem se cobrar, acaba sendo uma coisa natural, porque quanto mais vai lendo, mais vai tendo vontade de ler.

Fundamental que seja algo que goste, se não gostar, não tem porque começar. Só pra dizer que “ah, eu li, eu leio vários livros famosos, Machados de Assis e tal, mas gosta? Não gosto!”. Então, é que nem ver um filme, se tu começa a ver que é meia boca o filme, “ah, esse filme aqui não tá muito legal”, para de assistir! O livro é a mesma coisa! Mas eu comprei o livro, acho que talvez a diferença seja essa, o filme às vezes a gente vê de graça, o livro tu comprou ou ganhou de alguém daí “ah, eu preciso ler porque investi” e, na verdade, tu está investindo tempo, que é a coisa mais importante do mundo, né?! A coisa mais importante é o teu tempo, então esse investimento que tu tem que ter como prioridade, eu acho. É gastar tempo com aquilo que vai te agregar.

O objetivo não é ler o livro, o objetivo é aprender o que o livro está ensinando ou alguma coisa que eu quero aprender e que daí, por meio do livro, eu consigo chegar lá e aprender. Se tu não aprende nada com o livro, não adianta nada! Pode colecionar, eu li todos esses livros aqui. Mas o que que mudou na tua vida? Nada!

Acho que não tem como marcar um horário para ler, é muito da oportunidade. Em vez de ficar vendo tv, uma coisa que não está agregando em nada, lê um pouquinho, vai ganhando tempo. É o que a gente tava falando antes, né?! Se te dá uma dor de barriga tu tem uma oportunidade, entendeu?

Não é um problema de intestino, é uma oportunidade! Tu vai ficar lá, vai passar um bom tempo, né, com aquela dificuldade, e aí dá para ler. Quem trabalha em um lugar que às vezes tem que esperar, um atendimento e não tem ninguém para atender, pode ir lendo, óbvio que, daqui a pouco o chefe vai ficar meio, né, mas enfim… É esses 15 minutos por dia, durante uma semana, é mais de uma hora, então quando vê você pode ler um livro a mais, às vezes, só na oportunidade.

É possível sempre acordar antes, se não tem tempo. Se a pessoa diz “ah, não tenho tempo”, então chega no fim do dia e estou cansado, então acorda uma hora mais cedo. Quanto tempo tu precisa a mais? Ah, duas horas. Então, em vez de acordar às 7h, acorda às 5h. “Ah, mas é cansativo”, é! Mas tempo tem, já acaba aquela história de tempo. Eu comecei a acordar um período uma hora mais cedo para poder ler. Então, eu lia uma hora de manhã já. Chegava na hora de trabalhar e eu já tinha lido bastante, já tinha rendido o dia.

Ninguém é obrigado a ler e acho que as pessoas às vezes pegam o livro e colocam assim “ah, eu preciso ler, então eu vou ler isso aqui até o fim mesmo que que não queira para dizer que eu li tantos livros por ano ou etc”, “eu preciso terminar em um mês porque a minha meta é ler 12 livros por ano e aí eu preciso ler um por mês e se virou o mês e eu não li eu vou ter que engolir goela abaixo esse livro aqui”. E aí tu não absorve, vira um número só.

Quanto mais vai lendo, mas vai tendo vontade de ler. Acho que é uma coisa de exercício. É que nem tu fazer uma academia, ou, academia não é o melhor exemplo porque eu fiz e foi uma desgraça! Andar de bicicleta, né?! Tu vai se desequilibrando, não dá vontade de ir de novo porque vou cair, vou ralar o joelho, vou me machucar, etc. Só que, com o tempo, depois que tu aprende, tu vai andar muito mais de bicicleta do que antes. Porque não vai ter aquele medo, aquele bloqueio inicial já de que vai ser algo difícil, não, vira automático.

Não é o tamanho do livro que faz a diferença e, para quem tá começando, talvez seja melhor começar com um pequenininho. Tem um aqui, cadê, esse aqui por exemplo, do Michael Jordan, que é o “Nunca deixe de tentar”. Esse daqui eu comprei quando eu tava no aeroporto, em São Paulo, esperando um voo, isso foi em 2009 acho, 2010, e ele é bem fininho, tem 80 páginas, e fala sobre várias coisas: medo, comprometimento e tudo, esse é um livro que eu li e reli várias vezes. É um dos livros mais importantes que eu tenho aqui na estante, para mim é esse aqui, e é um livrinho pequeno!

O plano B é mais ou menos o seguinte: eu estou, por exemplo, lendo aqui um Luther King, a biografia, é um livro grande e é de biografia, então ele tem 450 páginas, conta a história, é uma história cronológica, vai contando todo o desenvolvimento do King, então eu não posso pular, tem que ir na sequência senão eu vou me perder. Só que eu estou lendo esse aqui e, em paralelo eu comprei uns novos, por exemplo, esse aqui: “O Profeta” que é um livro que ele tem lições por capítulos separados, às vezes os capítulos têm uma página só e acabou.

Então, são pequenas ideias sobre um outro assunto, que não é cronológico, é um livro que tem ideias diferentes sobre vários temas e eu consigo, por exemplo, teve dia que eu não li o livro do King, daí eu já fui lendo esse aqui, que é pequeno e que aquele dia eu não estava afim de continuar lendo a história do King, estava buscando outra coisa. Então, o plano b é bom por isso, às vezes tu não está muito afim de ler aquela história, está pesada a história lá, pula um dia, lê depois, quando tiver mais curioso, mais à vontade.

Quando tiver uma ideia legal no livro, uma coisa bacana, que tu conte para alguém, com as tuas palavras, não precisa necessariamente pegar e mostrar literalmente, vou te ler um trecho aqui, mas explicar uma ideia. Às vezes uma ideia que “nossa, isso aqui é bacana” e aí pegar e tentar explicar para, tipo eu explicar para ti, ou para mãe, para o pai, para o irmão, para quem for e contar aquilo, porque quando tu compartilha com as tuas palavras aquilo, faz mais sentido, tu consegue na verdade entender.

É como tu entendeu. Então, a hora que tu consegue contar uma ideia para alguém, que tu viu num livro, com as tuas palavras, que não é literal, tu aprendeu alguma coisa. E quando eu estou explicando para as pessoas, por meio do vídeo, na verdade eu estou aprendendo também!

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